quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um mês de Estados Unidos, e aí?

No último dia 26 completei um mês aqui nos Estados Unidos. Os frutos dessa experiência ainda não são tão visíveis para mim. Vou destacar alguns pontos que eu acredito que são bem importantes. Vamos lá.

Primeiro amanhecer nos EUA
 - O PAÍS
Os Estados Unidos são a maior economia do mundo, e não é difícil perceber o quanto os americanos se orgulham disso. Aliás, não é difícil perceber o quanto os americanos se orgulham do seu país. Eu, particularmente, admiro muito isso. Entretanto eu não consigo definir se eu gosto ou não daqui. O fato é que aqui as coisas funcionam um pouco melhor - sim, só um pouco. Não é o paraíso e eles nem têm sistema de saúde - mas tem muita coisa errada também. Esses dias o pessoal do hotel queria guinchar o meu carro porque eu o tinha estacionado, EM ÁREA PÚBLICA, numa parte que é "preferencial" para os hóspedes do hotel. No Brasil a gente não vê, por exemplo, ruas ou praias sendo vendidas. Mas isso é assunto para outra hora. Em geral, gosto sim dos Estados Unidos mas não tanto quanto gosto do nosso Brasil.

- OS AMERICANOS
Ok, eu estou no interior do país, mas eu não posso deixar de ressaltar o quão simpáticos os americanos são. Eles estão sempre dispostos a ajudar, não são tão frios como dizem por aí (sempre perguntam como você está, se passou bem o dia/noite, etc) e, via de regra, estão sempre sorrindo. Como já falei, isso é uma vantagem do interior dos EUA. Os próprios americanos dizem que nos grandes centros não é assim.

Festa de boas-vindas aos novos empregados do resort. Da esquerda para a direita: Laís, Nadine (África do Sul), Liana e eu
 - O INGLÊS
O inglês depende muito de pessoa para pessoa. Digo isso porque eu, por exemplo, percebi pouca evolução no meu domínio da língua. Ontem fui escrever um e-mail para um colega americano, em inglês, e me dei conta de que as palavras vinham mais "facilmente". Mas essa foi, até agora, a única evolução que eu consegui notar. Depois de um mês aqui o meu ouvido já está relativamente acostumado e eu já converso com as pessoas sem maiores problemas, mas ainda não consigo entender outras pessoas conversando (momento fofoca, tipo na fila do supermercado) se eu não parar e prestar atenção. O reconhecimento da língua ainda não é automático e eu continuo tendo que pensar um pouco - e pensar em português!

- A EXPERIÊNCIA
É lógico que eu sei que esse tipo de experiência que eu estou tendo não está ao alcance de todos os brasileiros, mas seria extremamente valioso se estivesse. Mesmo com todos os problemas e dificuldades que se enfrenta por aqui, não há como não recomendar esse tipo de programa. Aqui não se melhora só o inglês (dependendo do estado também se melhora o espanhol, como é o meu caso rsrs), também se melhora a nossa percepção da vida. A gente passa a valorizar ainda mais o que o Brasil tem de bom e a simplesmente relevar aquilo que não é tão bom no nosso país. Com o contato intenso com outras culturas, a gente começa a entender que nem todas as mentes funcionam iguais e aquilo que pra nós pode ser normal, para outras pessoas pode ser inadmissível. Para fazer uma longa história curta: nós crescemos. 

Com a Golden Gate Bridge ao fundo, em San Francisco (CA)

Eu vou tentar passar por aqui mais vezes. O tempo é realmente curto e agora eu entendo porque os intercambistas somem da internet. Quando sobram algumas horinhas, tudo o que queremos é abrir o Skype e falar com a nossa família no Brasil. Incrível como a gente passa a valorizar ainda mais as pessoas que amamos. Vale muito a pena!