terça-feira, 24 de agosto de 2010

Diferenças entre a FURG e a UFPR

ATENÇÃO: Esse post não tem a imparcialidade como objetivo. As experiências e opiniões aqui relatadas são pessoais e, portanto, podem não ser 100% fieis à realidade geral da situação.

Olá Brasil! Olá mundo! Olá mãe, um beijo! HAHA. Brincadeiras à parte, estava com saudades. Fazia um tempão que eu não passava por aqui, não é? Pois bem, a quem interessar possa eu estou muito feliz e me adaptando muito rápido a Curitiba. A cidade é bem organizada e limpa (pelo menos a parte que eu conheço). Um fator negativo é que há muitos mendigos por aqui. Segundo o programa do candidato do PSDB ao governo do estado, Beto Richa, um em cada três paranaenses vivem abaixo da linha de pobreza. É um número assustador!
Mas agora falemos da UFPR e das principais diferenças que eu percebi em relação à FURG. A primeira grande diferença aqui é que os cursos de português e língua estrangeira são separados. Diferente do que nós estamos acostumados, aqui ou tu fazes letras - português ou letras - língua estrangeira. Não é possível fazer os dois ao mesmo tempo, como acontece aí no Rio Grande. Resultado: o domínio do idoma estrangeiro por parte dos alunos é muito maior. Eu estou fazendo língua francesa III aqui, que é do 4º semestre, e o pessoal já viu muito mais coisas do que nós. Pelas coisas que eu percebi, já viram passado composto, imperfeito, funcionamento do pronome y (que eu nem sabia que existia!), futuro simples e mais uma cambada de coisas. Nós, da FURG, sabemos bem a que pé anda o nosso francês, né? Um ano só pra ver conjugação verbal e passado composto. Triste isso. E a diferença da carga horária nem é tanta: aqui são 9 créditos por semana, na FURG são 6, se não estou enganado. Ou seja, não é aqui que se aprende rápido, é na FURG que as coisas são lentas mesmo. Entretanto, a vantagem da UFPR termina por aqui. Em termos de estrutura, a coisa aqui está feia. As salas não têm computador e multimídia, por exemplo. Nenhuma das que eu tive aula, sendo o laboratório de línguas a única exceção - dispunha desses recursos. Nem os anfiteatros (tem um por andar, nos 11 andares do prédio da reitoria) têm! As cadeiras são velhas, duras, uma coisa muito ruim. Há de se considerar, também, que a universidade tem 98 anos, mas uma reforminha não cairia mal. As salas são sujas, eu quase nunca vejo o pessoal da limpeza. As janelas e portas são velhas, sabe? A situação estrutural da UFPR é crítica. Isso, entretanto, refere-se à reitoria, que é o local onde eu estudo. A universidade tem outros campi, como o do Jardim Botânico e o próprio prédio histórico, lugares onde eu nunca estive e, portanto, não posso afirmar nada.
Um dado interessante é relacionado ao orçamento das universidades. A UFPR tem 30 mil alunos e recebe anualmente cerca de R$ 500 mi de orçamento, o que corresponde a R$ 16 mil por aluno. A FURG, com 6 mil alunos, recebe R$ 300 mi de orçamento, o que dá R$ 50 mil por aluno. É uma diferença grande e eu desconheço a origem desse vão entre as duas universidades.
Para terminar, gostaria de dizer que na semana que vem estarei no Rio Grande do Sul. Aqui será feriadão nos dias 6, 7 e 8 e vou aproveitar para visitar minha família. Sessão de autográfos no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, às 11h40 do dia 02/09. Compareçam. ;)

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