segunda-feira, 14 de junho de 2010

Primeira experiência fora do Brasil

Olá povos. Hoje vou contar um pouquinho de como foi a minha primeira - e, até agora, única - experiência fora do Brasil. Em novembro do ano passado eu estava de aniversário (como todos os anos, lógicamente) e a minha mãe tinha um compromisso profissional em Buenos Aires (Argentina) que pegava, justamente, o meu diazinho. Qual a solução encontrada? Chris, vais para a Argentina comigo, disse a D. Elva (mamãe =D). Saímos de Porto Alegre a noite, perto das 21h, num voo cheio de turbulências e com um sanduíche muito ruim. O tempo de viagem é de pouco mais de uma hora e, como na Argentina não tem horário de verão, chegamos lá às 21h também. Nós estávamos hospedados em um hotel perto da Av. 9 de julho, no coração de Buenos Aires. Precisávamos, óbviamente, chegar até o hotel. O aeroporto da cidade fica a uns 40 km do centro (é tipo a distância de São Paulo até o aeroporto de Guarulhos). Enfim, dentro do terminal haviam os táxis oficiais, registrados e que nos levariam para onde quiséssemos. O preço era de 98 pesos argentinos do aeroporto ao centro (cerca de R$ 45,00). Minha mãe, muito trambiqueira que é, preferiu pegar os táxis "alternativos" que ficam do lado de fora do terminal. Encontramos um senhor muito simpático que disse que por 90 pesos nos levaria até o nosso hotel. Porém, chegando ao carro dele, descobrimos que o pneu estava furado! Tudo bem, tudo bem, essas coisas acontecem. Ele nos encaminhou a um colega e enfim embarcamos em direção a nossa hospedagem. Conversamos um pouco no caminho. Ok, na verdade nós tentamos conversar. Minha mãe não fala nada em espanhol, eu até que me viro bem e o taxista... bem, o taxista não queria conversar e tinha um sotaque feio. Chegamos ao hotel e ele nos cobrou 110 pesos (repara: o táxi oficial era 98). Tudo bem, nós tínhamos trocado pesos ainda no Brasil e eram todos em notas de 100, logo, entregamos a ele 200 pesos. Nesse momento a criatura começou a conversar com a minha mãe e ela, sem entender nada, só concordava. Quando eu pedi o troco, o taxista me olha com 110 pesos EXATOS na mão e me diz que não tinha troco. Como assim não tinha troco? Não tínhamos notas trocadas, era IMPOSSÍVEL que tivéssemos dado a ele o valor certinho da corrida. Nisso começou uma discussão gigantesca dentro do carro. Minha mãe, sem o entender, falava rápido comigo em português. O motorista, irritado com a situação, me xingava em espanhol, dizendo que não queríamos pagá-lo. Deixei a minha mãe tentando resolver a situação e entrei no hotel, em busca dos seguranças. Segue o diálogo (traduzido, claro hahaha):
- Boa noite, eu tenho uma reserva aqui mas estou com um problema no táxi, você pode me ajudar?
- Boa noite, senhor. Me informe seu nome completo para que eu possa verificar a reserva.
- Christian Silva de Avila. Mas você poderia verificar isso depois? Minha mãe está sozinha com o taxista.
- Qual é o problema, sr. Avila?
- Nós pagamos o taxista, mas ele diz o contrário.
Nesse momento o recepcionista verifica a reserva e, só depois de constatar que eu de fato tinha feito a tal reserva, resolve me ajudar. Ele chamou o segurança e, quando estávamos saindo do hotel, entra minha mãe, a mala e uma nota de 100 pesos na mão.
- O que houve, mãe?
- Ah, eu disse que ia chamar a polícia. Ele me entregou o dinheiro e disse "se não queres me pagar não me paga". Peguei o dinheiro e vim embora!
Mãe com um táxi oficial
De ChristianZando

Excluindo-se esse pequeno problema, a cidade não é lá grandes coisas mas vale a pena a visita, principalmente para nós, brasileiros, que temos uma moeda valorizada frente ao peso argentino. As coisas lá são bem baratas, em especial os táxis (quando não temos nenhum problema com eles hahaha) e a alimentação. Com menos de 100 pesos (ou seja, menos de R$ 50,00) você almoça tranquilamente em Puerto Madera, a beira do Rio da Prata com a nata da sociedade argentina. Não é pouca coisa, meu bem!


Puerto Madera, um dos bairros mais nobres de Buenos Aires
De ChristianZando
Fora isso, o centro da cidade é bem velho e feio. O metrô - que lá é chamado de subte - é muito horrível. Alguns trens não tem janelas (é sério!) e em outros a abertura das portas é manual! Fora que, quando você está descendo para a estação, já começa a sentir aquele futum. Que gente fedorenta, meu Deus! 
Tirando todos os pequenos probleminhas já citados, tem bastante coisa boa pra ver, sim, como o Obelisco e a Casa Rosada.

Eu em frente à Casa Rosada
De ChristianZando

2 comentários:

  1. Mas esse meu amigo é muito chique mesmo. Vai pro exterior, reclama do lugar, tira foto nos points da cidade, me traz lembrancinha, e já tá indo pros EUA fazer sucesso por lá. =P Tô com saudades antecipadas ENOOOORMES. Te amo, kbção. ;D

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