quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Um mês de Estados Unidos, e aí?

No último dia 26 completei um mês aqui nos Estados Unidos. Os frutos dessa experiência ainda não são tão visíveis para mim. Vou destacar alguns pontos que eu acredito que são bem importantes. Vamos lá.

Primeiro amanhecer nos EUA
 - O PAÍS
Os Estados Unidos são a maior economia do mundo, e não é difícil perceber o quanto os americanos se orgulham disso. Aliás, não é difícil perceber o quanto os americanos se orgulham do seu país. Eu, particularmente, admiro muito isso. Entretanto eu não consigo definir se eu gosto ou não daqui. O fato é que aqui as coisas funcionam um pouco melhor - sim, só um pouco. Não é o paraíso e eles nem têm sistema de saúde - mas tem muita coisa errada também. Esses dias o pessoal do hotel queria guinchar o meu carro porque eu o tinha estacionado, EM ÁREA PÚBLICA, numa parte que é "preferencial" para os hóspedes do hotel. No Brasil a gente não vê, por exemplo, ruas ou praias sendo vendidas. Mas isso é assunto para outra hora. Em geral, gosto sim dos Estados Unidos mas não tanto quanto gosto do nosso Brasil.

- OS AMERICANOS
Ok, eu estou no interior do país, mas eu não posso deixar de ressaltar o quão simpáticos os americanos são. Eles estão sempre dispostos a ajudar, não são tão frios como dizem por aí (sempre perguntam como você está, se passou bem o dia/noite, etc) e, via de regra, estão sempre sorrindo. Como já falei, isso é uma vantagem do interior dos EUA. Os próprios americanos dizem que nos grandes centros não é assim.

Festa de boas-vindas aos novos empregados do resort. Da esquerda para a direita: Laís, Nadine (África do Sul), Liana e eu
 - O INGLÊS
O inglês depende muito de pessoa para pessoa. Digo isso porque eu, por exemplo, percebi pouca evolução no meu domínio da língua. Ontem fui escrever um e-mail para um colega americano, em inglês, e me dei conta de que as palavras vinham mais "facilmente". Mas essa foi, até agora, a única evolução que eu consegui notar. Depois de um mês aqui o meu ouvido já está relativamente acostumado e eu já converso com as pessoas sem maiores problemas, mas ainda não consigo entender outras pessoas conversando (momento fofoca, tipo na fila do supermercado) se eu não parar e prestar atenção. O reconhecimento da língua ainda não é automático e eu continuo tendo que pensar um pouco - e pensar em português!

- A EXPERIÊNCIA
É lógico que eu sei que esse tipo de experiência que eu estou tendo não está ao alcance de todos os brasileiros, mas seria extremamente valioso se estivesse. Mesmo com todos os problemas e dificuldades que se enfrenta por aqui, não há como não recomendar esse tipo de programa. Aqui não se melhora só o inglês (dependendo do estado também se melhora o espanhol, como é o meu caso rsrs), também se melhora a nossa percepção da vida. A gente passa a valorizar ainda mais o que o Brasil tem de bom e a simplesmente relevar aquilo que não é tão bom no nosso país. Com o contato intenso com outras culturas, a gente começa a entender que nem todas as mentes funcionam iguais e aquilo que pra nós pode ser normal, para outras pessoas pode ser inadmissível. Para fazer uma longa história curta: nós crescemos. 

Com a Golden Gate Bridge ao fundo, em San Francisco (CA)

Eu vou tentar passar por aqui mais vezes. O tempo é realmente curto e agora eu entendo porque os intercambistas somem da internet. Quando sobram algumas horinhas, tudo o que queremos é abrir o Skype e falar com a nossa família no Brasil. Incrível como a gente passa a valorizar ainda mais as pessoas que amamos. Vale muito a pena!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A parte mais temida chegou: dia do visto

Infelizmente brasileiros precisam de visto prévio para entrar nos Estados Unidos, seja qual for o motivo da viagem: intercâmbio, trabalho temporário, turismo e etc. A recíproca existe: cidadãos dos EUA precisam de visto prévio para entrar no Brasil, mas esse não é o assunto do post de hoje.
Todos os intercambistas têm medo do visto. Há certas lendas que acabam nos amedrontando e eu vou contar como foi a minha experiência em São Paulo, porque ela não foi nada daquilo que eu imaginava, foi muito mais tranquila.
Primeiro de tudo: se preparem para filas e mais filas. O consulado dos EUA atende 1.500 pessoas por dia, o que faz desse posto o maior emissor de vistos americanos no mundo (leia mais aqui). Tem fila para entrar no consulado, fila para passar no detector de metais, fila pra retirar senha para as impressões digitais, fila para a pré-entrevista, fila para a entrevista, fila para pagar o sedex... Ufa!
Fila do lado de fora do Consulado em São Paulo

Já vamos começar falando das coisas que você deve levar para o Consulado: uma caneta e seus documentos são suficientes. Não leve celular, câmera, ipod, pen drive, pinça, cortador de unha, cremes, pasta de dentes, enfim, nada disso pode entrar no Consulado, e lá não tem guarda-volumes. Os que ficam fora cobram 5 ou 10 reais para guardar os objetos, sendo que não temos nenhuma garantia de que eles estarão lá quando voltarmos. Você também pode levar uma garrafa d'água porque você vai ficar umas 3 ou 4 horas lá, no mínimo, mas você terá que beber um gole no momento em que for passar pelo detector de metais para "provar" que não é nada químico ou algo do tipo.
Você deve ter o comprovante de agendamento em mãos ao entrar no Consulado, pois uma funcionária verificará se você está na data certa através de um leitor do código de barras. Ainda na fila do lado de fora, um funcionário veio e nos ajudou a separar os documentos que deveríamos apresentar na pré-entrevista. Esses documentos são o passaporte, o DS2019, o comprovante de pagamento City Bank, comprovante de pagamento da taxa Sevis e a carta de recomendação da agência. Depois disso a gente passa pelo detector de metais do qual falei antes e segue para a fila para retirar uma senha.
Essa senha que eu falo servirá, depois, para que você tire suas impressões digitais. Ao retirar sua senha você vai para a pré-entrevista, que no meu caso foi apenas para entregar toda a documentação separada no início.
Feita a pré-entrevista você deve aguardar até que a sua senha seja chamada no painel para tirar as impressões digitais. Eu levei pouco mais de uma hora depois da pré-entrevista para que fosse chamado para fazer as impressões. Nesse momento o funcionário já é americano e já está falando em inglês. Primeiro você coloca os quatro dedos da mão esquerda (sem o polegar) no detector, depois os quatro da mão direita e, por fim, os dois polegares juntos. Façam força porque o detector é bem ruinzinho. Feito isso você vai para a fila das entrevistas, que é interminável.
Aqui se tem, novamente, mais de uma hora de espera. Agora eles não chamam mais por senha, mas é uma fila única. Quando chega a sua vez, você vai para o guichê que ficar livre. Minha entrevista foi super tranquila, a vice-cônsul foi bem simpática comigo. Aqui, novamente, já estamos falando tudo em inglês. Não gosto de escrever em outro idioma no blog, vocês sabem, mas vou fazê-lo agora apenas para reproduzir o que aconteceu na entrevista:
Vice-cônsul: Bom dia.
Christian: Bom dia.
Vice-cônsul: Do you speak English? (Você fala inglês?)
Daí em diante ela partiu para o inglês. Foram apenas duas palavras em português e o resto foi tudo no idioma dela, safadinha. Ela se focou muito no meu estudo: perguntou onde e o quê eu estudava, quando eu disse que era letras ela perguntou quantas línguas eu falava, depois perguntou quando eu me formarei e quando eu tinha começado a estudar. Nesse momento não me vinha o 2009 na cabeça, travei bonito. Olhei pra ela e falei que estudava há dois anos, e em seguida pedi desculpas e falei que estava muito nervoso. Ela disse que eu estava bem e que o meu visto tinha sido aprovado e que era para eu proceder para o pagamento do Sedex. Eu, brasileiro que sou, não acreditei e falei "é mesmo?", com um sorriso enorme no rosto. Em seguida agradeci, ela sorriu de volta e também me agradeceu. A entrevista em si não durou 2 minutos. Saí e entreguei o envelope para o rapaz da Egali que cuidava do Sedex e pronto, estava liberado. A sensação foi incrível, 3 toneladas mais leve.
Não vou dizer que vocês precisam ficar calmos porque eu sei que é impossível. Entretanto pensem nos números: apenas 5% dos vistos J-1 são negados e se você estiver com toda a documentação em dia e responder claramente as perguntas - questione se você não entender alguma, isso não é problema - não há motivo para que neguem o visto. Vá com confiança. A gente se vê nos Estados Unidos!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Um pouquinho sobre o meu novo lar, Califórnia

Salve, pessoal. Quem acompanha o blog sabe que o Marcel e eu iremos para a California. Logo, inevitável que eu fale um pouco sobre esse estado, que certamente ficará na minha memória para sempre.
A California é um dos estados mais importantes dos Estados Unidos, senão o mais importante. É o mais populoso do país, com mais de 33 milhões de habitantes, e o 3º maior em extensão territorial, atrás apenas do Alaska e do Texas, respectivamente. Com um PIB (produto interno bruto - soma de todas as riquezas produzidos em um ano) de US$ 1,8 trilhões, a Califórnia é o estado mais rico dos EUA. Se a California fosse um país, seria o 8º mais rico do mundo, imediatamente à frente do Brasil, que cairia para a nona colocação. É isso mesmo: o estado da Califórnia, sozinho, produz mais riquezas que todo o Brasil durante um ano. O governador do estado é o ator (e político, lógico) Arnold Schwarzenegger, que está atualmente em seu segundo mandato. Uma curiosidade: Schwarzenegger nasceu na Austria, mas é naturalizado americano. A Califórnia não elegia um governador nascido no exterior desde 1862, quando o irlandês John Downey governou foi eleito.

Sacramento, capital da Califórnia

A capital da Califórnia é a cidade de Sacramento, que possui aproximadamente 400 mil habitantes, com 1,8 milhão na região metropolitanta. Diferente do Brasil, onde via de regra a maior cidade do estado também é sua capital (acredito que SC seja a única exceção, por favor me lembrem se eu esqueci de outra), nos EUA isso não acontece. 4 das 20 maiores cidades do país estão na Califórnia. São elas:

LOS ANGELES
Centro de Los Angeles
Com uma população de quase 4 milhões de habitantes, Los Angeles é a maior cidade da Califórnia e a segunda maior dos EUA.  Famosa por abrigar Hollywood, a cidade é conhecida como a "capital mundial do entretenimento". Rivaliza com Nova York em relação ao número de celebridades que vivem na cidade, mas não há um número oficial em relação a isso. Los Angeles fica a 480 milhas de onde eu vou morar, ou 800 km, ou 8 horas de viagem (de carro).

SAN DIEGO
San Diego e a baia de mesmo nome
Aproximadamente 1,4 milhão de pessoas vivem em San Diego, o que a torna a 2ª maior cidade do estado e a 9ª maior do país. Uma curiosidade da cidade é que ela fica bem próxima à fronteira com o México. Alguns estudos colocam, inclusive, San Diego (EUA) e Tijuana (México) como parte da mesma região metropolitana. Campinas (Brasil) é uma cidade-irmã de San Diego. A cidade fica 600 milhas distantes de Truckee (onde eu vou morar), ou 1000 km, ou 10 horas de viagem.

SAN JOSÉ
Rua no centro de San José
3ª maior cidade da Califórnia e 10ª dos EUA, San José tem uma população de um milhão de habitantes. Está localizada dentro do Vale do Silício, zona que concentra empresas de tecnologia da informação como a Apple, o Google, o Yahoo, a Intel e várias outras. San José fica a 200 milhas da minha cidade, ou 320 km, ou 3 horas de viagem.

SAN FRANCISCO
Ponte Golden Gate em San Francisco
San Francisco é a 4ª maior cidade do estado e a 12ª do país, com mais de 800 mil habitantes. É onde fica a ponte Golden Gate (foto), bastante conhecida no mundo inteiro. É uma cidade conhecida por sua diversidade, tolerância e por sua riqueza (é a 18ª mais rica do mundo). Tal qual Rio Grande (te mete!), San Francisco também é uma península, localizada às margens do Oceano Pacífico e da baía de São Francisco. Fica a 190 milhas da minha cidade, ou 300 km, ou 3 horas de viagem.

CURIOSIDADES

Perceberam a influência do espanhol nas cidades da Califórnia? Acontece que o estado foi, anteriormente, uma parte do México. Além disso, a proximidade com o país latino influencia bastante nos hábitos e costumes do estado. Estimativas indicam que 60% da população da Califórnia não é americana. Percebem? O estado só tornou-se parte dos Estados Unidos em 1848. Uma outra curiosidade bem interessante é que o aborto é legalizado e pode ser feito sem custo algum. Vocês conseguem imaginar isso no Brasil?
Se eu esqueci de alguma coisa, por favor, comentem e me lembrem! ;)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Eleições: por que eu voto Serra?

No próximo domingo, 31, os próximos 4 anos do Brasil serão decididos nas urnas. Certamente esse segundo turno - considerado o mais acirrado desde a redemocratização, em 1989 - teve altos e baixos para os dois lados da campanha. Sem dúvida o episódio mais lamentável foi a agressão sofrida pelos candidatos. José Serra foi atingido por um objeto (uma bolinha de papel, uma bobina de fita adesiva, não importa) enquanto fazia uma passeata no Rio de Janeiro. No dia seguinte, aqui em Curitiba, Dilma Rousseff foi alvo de balões d'água, que felizmente não acertaram a candidata. Episódios lamentáveis que não fazem jus a nossa democracia, que é a quarta maior do mundo.
Deixando o murmúrio de lado, gostaria de expor aqui os motivos que me levam a votar no candidato da oposição. Lula adora esbravejar por aí que ele recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento e endividado do PSDB. Isso é meia verdade. Parece que o presidente esqueceu a quem se deve a introdução da atual política monetária, que proporcionou a estabilidade econômica e o controle da inflação e que hoje, 15 anos depois do início do plano real, nos faz desfrutar de financiamentos a longo prazo, maior acesso ao crédito e mesmo a queda da taxa de juros -embora ainda seja a mais alta do mundo (quando considerada a taxa real). Aliás, aqui já temos uma vantagem para os tucanos: FHC recebeu o governo com uma taxa de 54,51% e, nos 8 anos de mandato, reduziu para 19,10%. Uma queda de 35 pontos, mais ou menos. O governo do PT, que recebeu com a taxa em 19,10%, reduziu para 10,44%, arredondando a favor da situação, uma queda de 9 pontos percentuais.
O plano de desenvolvimento também existia no governo do saudoso Fernando Henrique Cardoso. Por exemplo, com o fim do monopólio na extração de Petroléo, a Petrobras - que, diga-se de passagem, nunca sofreu risco de privatização - triplicou a produção. A Lei de Responsabilidade Fiscal, que impede que estados e municípios se endividem a fim de fazer obras faraônicas, deixando a conta para os sucessores, também é do governo tucano.

PRIVATIZAÇÕES
Acho que faltou, nessa campanha do Serra, um afinco maior em defesa das privatizações, todas benéficas para a população. No caso da Telebrás, por exemplo, eu lembro da minha vó indo até a casa da vizinha para usar o telefone porque era muito caro ter um em casa. Aliás, quem tinha telefone precisava declarar no imposto de renda! Hoje isso parece absurdo, não é? É amigo. A privatização da Telebrás trouxe para o Brasil a 5ª posição mundial em número de linhas telefônicas: em 2009, eram quase 192 milhões, entre fixas e celulares. O caso mais discutido é o da Vale, que também foi benéfico para o Brasil. Infelizmente não encontrei números de 2010, mas tenho números de 2006 para compararmos, publicados no jornal O Estado de S. Paulo:
  • Em 1997, a Vale, então controlada pelo governo, pagou para a União US$ 110 milhões em impostos e dividendos. Em 2006, esse valor foi de US$ 2,6 bilhões. 23 vezes mais;
  • A Vale estatal tinha 11 mil empregados. A Vale privada tinha, em 2006, 56 mil;
  • A produção mais que dobrou: passou de 100 milhões de toneladas para 250 milhões;
  • Por fim, em 54 anos como estatal, a Vale investiu US$ 24 bilhões. Em seis anos como privada, foram US$ 45 bi.
Eu não tenho dúvidas que de o Estado não atingiria esses valores, simplesmente porque o Estado não é um bom administrador. Não precisamos pesquisar para isso, basta irmos a qualquer repartição pública. Mesmo eu, que estagiei em uma, sei como é. Temos, também, o caso da Embraer, que hoje, após a privatização, é a terceira maior fabricante de aviões do mundo, e fala de igual para igual com a Boeing e a Airbus, levando o nome do Brasil ao mundo inteiro.
É fato, sim, que o FHC entregou o governo com um empréstimo do FMI em andamento. Esse empréstimo, feito em 2002, foi efetuado com a autorização do presidente-eleito, o Lula, e 80% dos recursos foram liberados apenas em 2003, para que o governo do PT tivesse como caminhar no primeiro ano. O mercado tremeu quando o Lula foi eleito, e isso não é culpa do FHC. O fato é que um governo petista é temido até hoje. Quando o Serra subiu nas pesquisas, as ações da Petrobras, por exemplo, subiram junto. Os analistas consideram o tucano um melhor administrador público, como pode ser lido aqui.

EDUCAÇÃO
O governo do PSDB também mudou a cara da educação no nosso país. Foi o presidente Fernando Henrique quem colocou 97% das crianças de sete aos quatorze anos na escola através do programa Toda Criança na Escola. O bolsa-escola (que mais tarde, junto com o vale-gás e outros programas criados no governo FHC, se tornaria o bolsa-família) cobria, à época, 5 milhões de famílias. 

AUMENTO DA QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO
Lula grita aos quatro ventos que foi o governo que mais tirou gente da pobreza. Bem, isso é verdade, mas também é verdade que se deve a uma série de iniciativas implementadas pela gestão tucana. A redução de pobreza, embora mais acentuada no governo atual, também aconteceu no anterior, passando de 35 para 28% da população. Além disso, no governo FHC o aumento real do salário mínimo foi de 47%, praticamente os mesmos 49% aumentados no governo Lula. Indo um pouco mais além, foi a gestão anterior que colocou o SUS em prática, dando atendimento médico gratuito para toda a população. Ainda na saúde, o programa de combate à AIDS foi reconhecido com um dos melhores do mundo também no governo tucano.

ECONOMIA
Agora a parte que eu mais gosto: economia. A dívida interna saltou de R$ 650 bilhões no governo FHC para R$ 1,2 trilhões. O PT já fez mais de 100 mil nomeações (empregos em estatais sem concurso público), sem contar os 60 mil nomeados para cargos de confiança, em todas as esferas. Os gastos com pessoal, na máquina pública, cresceram mais de 70% no atual governo. Enquanto isso há uma luta para dar aumento aos aposentados e pensionistas.

Para finalizar, vou resumir os motivos que me levam a votar no Serra: espero dele um governo enxuto, com vários cortes de gastos (principalmente com pessoal) e manunteção de investimentos, aumento real do salário mínimo e o crescimento sustentável do Brasil, a taxas acima de 5% ao ano. Aliás, a revista britância The Economist concorda comigo, como podemos ver aqui. A publicação diz que o Serra é o único capaz de cortar a crescente folha de pagamento do governo. É hora de parar de esbanjar, precisamos pensar no futuro. Eu não quero, nos próximos anos, pagar uma conta astronômica dessa política lulista. Portanto, no próximo domingo, pense, reflita e decida pelo melhor.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Agora é oficial: chegou a oferta de emprego

Pois é, pessoal. Finalmente, 20 dias depois da feira de empregos em Porto Alegre, a minha oferta de emprego chegou. Antes, falando um pouquinho da feira, ela foi bem tranquila, conhecemos bastante gente legal que até então só mantinhamos contatos pela internet. Abaixo um vídeo que fizemos lá, para que eu não fique explicando tudo duas vezes:


Nós havíamos nos inscrito para uma vaga de "housekeeper" (desculpem usar inglês aqui, mas não sei se a tradução como "camareiro" serve) em um resort em Big Sky, no estado de Montana. O representante da empresa americana que faz a intermediação aluno Egali x Empregador falou que nosso inglês era bom para querer uma vaga como essa, ele indicou que nós procurássemos algo que trabalhasse com vendas para treinar melhor o nosso inglês. Como nós queremos algo no frio, mantivemos nossa opção. Entretanto não a conseguimos. Um problema com o resort fez com que ele cancelasse as vagas para a Egali. Mas nós recebemos uma tão boa quanto: vamos trabalhar num resort de ski chamado Sugar Bowl, em Norden, na região de Lake Tahoe, na Califórnia! E como uma imagem vale mais que mil palavras, deixo para vocês algumas fotos da região que será meu lar nos próximos meses.


Sugar Bowl, onde eu irei trabalhar
Lindo, não?
Com o lago Tahoe ao fundo

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Diário de intercambista - Episódio 1

Olá pessoal! Então, o Marcel e eu estamos, também, fazendo um diário de intercambista em vídeo. O primeiro episódio já está publicado e o segundo está em fase de edição e tal, mas também já está gravado. O link do nosso canal é www.youtube.com/doisgurismochileiros, por favor acessem e se inscrevam!
Abaixo, nosso primeiro vídeo:

domingo, 17 de outubro de 2010

Brasil, uma nação pacífica?

Todo terceiro domingo do mês o culto da Igreja Quadrangular é dedicado à missões. Nem mesmo as ofertas ficam na igreja; elas são enviadas para a secretaria de missões, que mantém os pregadores nos mais diversos lugares do planeta. E nesse tipo de culto sempre há um tema, que é um país escolhido para receber as orações durante esse domingo. Hoje, o país escolhido foi o Paraguai. A reunião estava normal, apresentações sobre o país, as coisas todas, até que, durante uma canção, um pastor começa a contar um pouco da história do Paraguai. Todo mundo que já foi lá sabe que o povo não é, de fato, dos mais bonitos (e aqui no Paraná é comum o pessoal ir a Ciudad del Este fazer compras, como nós fazemos com o Chuí aí no Rio Grande), e esse pastor iniciou falando isso: por que as pessoas do paraguai parecem tão sujas? Por que eles parecem tão pobres? Você sabia que o Brasil tem culpa nisso?
Os meus amigos mais próximos sabem o quão patriota eu sou. No momento em que ele falou isso, já me remexi na cadeira. Ele começou a contar a história da Guerra do Paraguai e repetir todo aquele discurso que ouvimos na escola, de que foi um ato covarde do Brasil e que estavamos sendo manipulados pela Inglaterra. A história, entretanto, vai além disso. Essa guerra aconteceu no final do século XIX. Naquela época, a Inglatera já estava se estabelecendo como potência econômica (já havia acontecido a Revolução Industrial por lá) e possuia, de fato, certa influência na América do Sul. A Alemanha, a fim de ampliar seu mercado, resolve financiar o desenvolvimento de uma nação do nosso continente - justamente o Paraguai - transferindo não só recursos como dinheiro em espécie. E o tal desenvolvimento estava acontecendo. O paraguai, que já era uma república (embora sob uma ditadura), era também um centro econômico, militar e cultural no continente, rivalizando até mesmo com os EUA. Trazendo para os nossos dias, o Paraguai era uma espécie de Suíça sul-americana, mas com um excelente exército. De fato, o medo inglês acerca da evolução paraguaia e, consequentemente, do crescimento alemão pode ter influenciado a guerra - lembremos que o Brasil, à época, já detinha uma dívida com a Inglaterra, contraída por um empréstimo feito para pagar indenização a Portugal pela independência - mas isso pode ter sido, apenas, a gota d'água.
O que me parece é que a guerra, na verdade, foi muito mais relacionada à uma questão de liderança e influência no continente. Um ano antes do início dos conflitos, o Império brasileiro enviou seu exército para acabar com uma guerra civil no Uruguai e devolver a paz ao pequeno país (perceba que é a mesma coisa que os EUA fazem hoje e que tanto criticamos). Enfim, tal intervenção teve êxito e o Brasil colocou um presidente colorado (partido uruguaio, não o time rsrs) no poder em Montevideo. O Paraguai tinha medo que o Império do Brasil e a Argentina, os dois maiores países da região, quisessem dominar os países menores. Além disso, o país queria garantir, via Uruguai, seu acesso ao oceano Atlântico.
Partindo disso, o presidente paraguaio - que já vinha adquirindo material bélico há muito tempo, meio que 'prevendo' um confronto armado -, e aqui a gente pode ver que o Brasil não é tão vilão como dizem por aí, ordena que seu exército invada o Mato Grosso. Ou seja, foi o próprio Paraguai quem iniciou a guerra que, cinco anos mais tarde, deixaria o país completamente devastado. Eles contavam com o apoio da Argentina, o que não aconteceu. Os hermanos vieram para o lado do Brasil e do Uruguai, formando a Tríplice Aliança.
Essa aliança foi mais política do que militar, o que já derruba a história do "três contra um é covardia". O Brasil enviou 200 mil soldados para a guerra, mais de 85% do contingente total dos aliados. Argentina e Uruguai, juntos, enviaram cerca de 35 mil, apenas. Ainda assim o Paraguai sustentou a guerra por cinco anos, o que deixa claro a potência que o país era. Mas não podemos ignorar que o Brasil só conseguiu enviar todos esses soldados em função do tamanho continental do nosso país. Historiadores estimam que o Brasil possuia 20 milhões de habitantes à época, enquanto o Paraguai tinha cerca de 500 mil. O Império enviou vários escravos para o conflito, e promoveu também uma campanha incentivando o alistamento militar. Daí surgiram os 'voluntários da pátria', expressão que dá nome a ruas em várias cidades do nosso país.
O saldo da guerra foi uma derrota épica para os adversários. O Paraguai perdeu 300 mil pessoas, entre soldados e civis. Além disso, 40% do território paraguaio foi anexado pelo Brasil e pela Argentina.
Que fique claro que eu não estou tentando justificar o conflito. Em uma guerra nunca há vencedores ou perdedores, apenas sobreviventes. Mas não podemos ser levianos ao afirmar que o Brasil foi o grande vilão da história, como o pastor que originou esse post gigantesco falou. Não sou a favor dos inúmeros genocídios feitos pelo exército brasileiro (matando, inclusive, crianças). Tampouco acredito que possamos justificar a devastação que causamos no Paraguai. Temos, sim, uma dívida para com os paraguaios, mas é uma dívida moral. Usando uma analogia, devemos ter vergonha se nosso pai, mesmo estando certo, agride outra pessoa em uma discussão de trânsito, porque sabemos que as coisas não se resolvem assim. Mas não dá para jogar toda a culpa do atual atraso paraguaio no Brasil. A guerra foi a culpada, e a culpa da guerra é de ambas as partes, provavelmente até mais paraguaia do que brasileira.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Job fair

Olá pessoas! Saudades de vocês. Essa semana que passou foi bem alucinante. Fui para o Rio Grande do Sul na quinta passada. Sexta estive na FURG. Sábado foi a festa de aniversário do meu irmão, Vitor (7). Domingo foi a festa de aniversário do meu amigão, Giliard (21 - velho!). Segunda-feira fui para Pelotas. Fiquei um pouco com a minha mãe e à noite dormi no Marcel. Levantamos antes das 5h da manhã de terça para irmos a Porto Alegre participar da job fair. Ficamos lá o dia todo, chegamos em Pelotas quase à meia-noite. Quarta de manhã busquei o meu pôster e o da Cherlise para apresentarmos à tarde no Senalce, na FURG. Fiquei lá das 16h às 20h, praticamente. Fui para casa, arrumei as minhas malas, jantei, tomei banho e às 2h da manhã de quinta estava no ônibus indo para Porto Alegre. Às 9h embarquei no avião. Cheguei em Curitiba às 10h, mais ou menos, e peguei ônibus para casa. Está chovendo muito. Desci direto no supermercado, comprei algumas coisas para comer e vim pra cá. Agora estou fazendo esse post. É mole? HAHAHA
Sobre a job fair, posso dizer que ela foi incrível. Bem melhor que a encomenda. A feira começou com uma apresentação da Egali sobre o programa FREE e, depois, o representante da GEC (empresa que faz a intermediação entre a Egali e os empregadores) fez uma breve palestra sobre o programa, também, mas dessa vez sob o ponto de vista dos EUA. Almoçamos e, em seguida, o representante da GEC apresentou todas as ofertas disponíveis. Depois disso começaram as temidas entrevistas, feitas por ordem de matrícula. O Marcel e eu fomos o terceiro grupo a ser entrevistado. O entrevistador foi bem legal conosco, muito simpático. Conversou comigo sobre as letras (ele também é formado na área), elogiou nosso inglês, me chamou pra uma queda de braço, ele foi super simpático. O resultado, infelizmente, só na segunda-feira. Mas posso adiantar que o saldo geral é muito positivo. Acho que estamos com a vaga que queríamos!

Eu, Marcel, Thiago (coordenador do FREE), Jéssica e Roberta (ambas de Caxias do Sul)


Prometo tentar passar aqui com mais frequência. Se cuidem, pessoas!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Indicação de blog

Olá pessoas. Saudades. Passo por aqui hoje para recomendar que vocês visitem meu outro blog, feito em parcerial com o Marcel: www.2gurismochileiros.blogspot.com . Diferente do ChristianZando, onde eu falo do que me vier à cabeça, o 2GM é um blog voltado exclusivamente para viagens, mais especificamente ao nosso intercâmbio. Vale a visita e, se quiser acompanhar com frequência, vale a pena seguir, também.

Já divulgo, também, o nosso canal no YouTube: http://www.youtube.com/2gurismochileiros . Lá ainda não há nada postado, entretanto você já pode se inscrever porque o primeiro video já está em produção e será postado na próxima semana. Faremos, também, uma espécie de "Diário de Intercambista", como muitos viajantes fazem. Vai ser um bom canal para comunicação, desabafo e, sei lá, qualquer coisa que der na telha.

Nos vemos! ;)

terça-feira, 21 de setembro de 2010

10 dicas para um intercambista, por Christian de Avila e Marcel Lettnin

O Marcel e eu preparamos um apanhado geral com 10 dicas que podem salvar o intercambista de muita enrascada por aí. Leia atentamente e siga todas elas.
  • Investigue qual a burocracia que o país destino exige para ingressar, como visto, permissões, etc. Pesquise se é preciso ir até um consulado, qual a documentação exigida e vá providenciando isso com muita antecedência, pois acreditem: pessoas não conseguem o visto por falta de documentos;
  • Seja o máximo curioso, faça valer cada centavo que pagaste para a agência, encha o saco deles e pergunte tudo, cada detalhe. Não fique com vergonha;
  • Procure conversar com outras pessoas que também farão o mesmo programa. Vale muito a pena e, com isso, se aprende muito, pois trocar figurinhas é sempre bom;
  • Use e abuse da Internet. Pesquise desde vídeos no Youtube do local onde você pretende morar a passagens de trem mais baratas. Se não tens o Google Earth instalado no seu PC, baixe. Ajuda muito. Pesquise sites da cidade destino. Vá a sites de intercambistas pois lá, com certeza, terão muitas dicas boas de viagem, como o que levar na viagem, o que não levar. Enfim: PESQUISE;
  • Se preocupe com a grana que tens que levar com bastante antecedência. Ver a cotação do dólar diariamente não é exagero. Busque, também, aprender como funciona os VTM e pay-checks, da vida, pois o seu dinheiro deve ir com muita segurança;
  • Nunca deixe as coisas para última hora. quanto antes providenciar o que for necessário, melhor;
  • Conheça, pelo menos, um pouco da cultura e da língua do país de destino;
  • Cuida a diferença de horário. Ninguém quer ser acordado por um telefonema teu às 3h da manhã, mesmo que estejas do outro lado do mundo;
  • Procura sempre ir por alguma agência. mesmo que se gaste um pouco mais, toda a ajuda que a gente recebe faz valer cada centavo. Pesquise antes, veja se tem algum conhecido que já tenha ido por ela;
  • Escolha muito bem o país de destino, de acordo com aquilo que tu gostas. É isso que faz o teu intercâmbio um sucesso ou um fracasso.

Espero que elas lhes sejam úteis! Abraços

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Comentários aleatórios

Hoje entrou em vigor aqui em Curitiba uma lei bastante polêmica: a partir de agora é proibido usar telefones celulares dentro de agências bancárias. Se tu estiveres pagando uma conta no banco e teu celular tocar, não podes atendê-lo, sob o risco de ter o aparelho apreendido. A lei, dizem, é para evitar que a pessoa seja assaltada na saída da agência, logo após sacar uma grande quantia em dinheiro. Os bandidos, via de regra, cuidam quem está com mais dinheiro nos bolsos e avisam aos comparsas - que aguardam ansiosamente do lado de fora - pelo celular a quem assaltar. Não me parece válido. Mais uma vez o estado está se omitindo, retirando um direito do cidadão para não precisar melhorar o policiamento nas ruas. Como já é comum no Brasil, a maioria boa acaba pagando por uma minoria sem escrúpulos. De qualquer maneira, não se esqueça: caso você venha me visitar e vá, também, a uma agência bancária, nunca atenda o celular. Você não quer perder o telefone, não é?

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Um mês de Curitiba

No último dia 7 eu completei um mês aqui em Curitiba. A data não fecha direitinho porque passei o feriadão de independência no Rio Grande do Sul, logo oficialmente não estou há 30 dias aqui. De qualquer forma, posso dizer que o saldo, até agora, é bem positivo. A cidade é espetacular e ficar fora de casa tem me feito valorizar muito coisas pequenas que a gente tem quando mora com os pais. Nesse feriado, por exemplo, mal pude acreditar quando vi as minhas roupas lavadas e dobradas em cima da minha cama como em um passe de mágica. Não é incrível?
Abaixo uma fotinho da capital paranaense que, sem dúvida alguma, já me conquistou para a vida toda.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Apenas uma constatação

Achava que havia um pouco de exagero por parte da Bozena, do seriado Toma Lá, Dá Cá, da Globo, quando o assunto era sotaque. A cada duas palavras, uma era daí. Na série, a personagem era nascida e criada na cidade de Pato Branco, quase na divisa do Paraná com Santa Catarina. Acontece que mesmo aqui em Curitiba, 430 km distante de Pato Branco, o "daí" aparece muito. Eu andava reparando há algum tempo, e hoje, durante o almoço, resolvi prestar atenção na conversa Gente, praticamente todas as frases terminavam com um "daí", exceto quando eram perguntas. É incrível! De fato, os paranaenses falam muito "daí".

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Diferenças entre a FURG e a UFPR [2]

Dando sequência ao post anterior, onde eu meto o pau reclamo da estrutura da UFPR, hoje eu esperei todos sairem da sala para tirar fotos de lá. Vocês vão ver como eu não estava exagerando. As fotos foram tiradas com meu celular, por isso a qualidade não é das melhores, mas estou certo que dá pra ter uma noção da situação da UFPR. Detalhe: a sala NÃO foi arrumada. As pessoas estavam dispostas conforme as cadeiras que vocês verão nas fotos.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Diferenças entre a FURG e a UFPR

ATENÇÃO: Esse post não tem a imparcialidade como objetivo. As experiências e opiniões aqui relatadas são pessoais e, portanto, podem não ser 100% fieis à realidade geral da situação.

Olá Brasil! Olá mundo! Olá mãe, um beijo! HAHA. Brincadeiras à parte, estava com saudades. Fazia um tempão que eu não passava por aqui, não é? Pois bem, a quem interessar possa eu estou muito feliz e me adaptando muito rápido a Curitiba. A cidade é bem organizada e limpa (pelo menos a parte que eu conheço). Um fator negativo é que há muitos mendigos por aqui. Segundo o programa do candidato do PSDB ao governo do estado, Beto Richa, um em cada três paranaenses vivem abaixo da linha de pobreza. É um número assustador!
Mas agora falemos da UFPR e das principais diferenças que eu percebi em relação à FURG. A primeira grande diferença aqui é que os cursos de português e língua estrangeira são separados. Diferente do que nós estamos acostumados, aqui ou tu fazes letras - português ou letras - língua estrangeira. Não é possível fazer os dois ao mesmo tempo, como acontece aí no Rio Grande. Resultado: o domínio do idoma estrangeiro por parte dos alunos é muito maior. Eu estou fazendo língua francesa III aqui, que é do 4º semestre, e o pessoal já viu muito mais coisas do que nós. Pelas coisas que eu percebi, já viram passado composto, imperfeito, funcionamento do pronome y (que eu nem sabia que existia!), futuro simples e mais uma cambada de coisas. Nós, da FURG, sabemos bem a que pé anda o nosso francês, né? Um ano só pra ver conjugação verbal e passado composto. Triste isso. E a diferença da carga horária nem é tanta: aqui são 9 créditos por semana, na FURG são 6, se não estou enganado. Ou seja, não é aqui que se aprende rápido, é na FURG que as coisas são lentas mesmo. Entretanto, a vantagem da UFPR termina por aqui. Em termos de estrutura, a coisa aqui está feia. As salas não têm computador e multimídia, por exemplo. Nenhuma das que eu tive aula, sendo o laboratório de línguas a única exceção - dispunha desses recursos. Nem os anfiteatros (tem um por andar, nos 11 andares do prédio da reitoria) têm! As cadeiras são velhas, duras, uma coisa muito ruim. Há de se considerar, também, que a universidade tem 98 anos, mas uma reforminha não cairia mal. As salas são sujas, eu quase nunca vejo o pessoal da limpeza. As janelas e portas são velhas, sabe? A situação estrutural da UFPR é crítica. Isso, entretanto, refere-se à reitoria, que é o local onde eu estudo. A universidade tem outros campi, como o do Jardim Botânico e o próprio prédio histórico, lugares onde eu nunca estive e, portanto, não posso afirmar nada.
Um dado interessante é relacionado ao orçamento das universidades. A UFPR tem 30 mil alunos e recebe anualmente cerca de R$ 500 mi de orçamento, o que corresponde a R$ 16 mil por aluno. A FURG, com 6 mil alunos, recebe R$ 300 mi de orçamento, o que dá R$ 50 mil por aluno. É uma diferença grande e eu desconheço a origem desse vão entre as duas universidades.
Para terminar, gostaria de dizer que na semana que vem estarei no Rio Grande do Sul. Aqui será feriadão nos dias 6, 7 e 8 e vou aproveitar para visitar minha família. Sessão de autográfos no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, às 11h40 do dia 02/09. Compareçam. ;)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

No aeroporto

A crônica abaixo recebeu, hoje, especial significado para mim. Alguns dos meus amigos mais próximos sabem do que estou falando. Vale a leitura.

No aeroporto (Carlos Drummond de Andrade)

Viajou meu amigo Pedro. Fui levá-lo ao Galeão, onde esperamos três horas o seu quadrimotor. Durante esse tempo, não faltou assunto para nos entretermos, embora não falássemos de vã e numerosa matéria atual. Sempre tivemos muito assunto, e não deixamos de explorá-lo a fundo. Embora Pedro seja extremamente parco de palavras e, a bem dizer, não se digne pronunciar nenhuma. Quando muito, emite sílabas; o mais é conversa de gestos e expressões, pelos quais se faz entender admiravelmente. É o seu sistema.
Passou dois meses e meio em nossa casa, e foi hóspede ameno. Sorria para os moradores, com ou sem motivo. Plausível. Era a sua arma, não direi secreta, porque ostensiva. A vista da pessoa humana lhe dá prazer. Seu sorriso foi logo considerado sorriso especial, revelador de suas boas intenções para com o mundo ocidental e o oriental, e em particular o nosso trecho de rua. Fornecedores, vizinhos e desconhecidos, gratificados com esse sorriso (encantador, apesar da falta de dentes), abonam a classificação.
Objeto que visse em nossa mão, requisitava-o. Gosta de óculos alheios (e não os usa), relógio de pulso, copos, xícaras e vidros em geral, artigos de escritório, botões simples ou de punho. Não é colecionador; gosta das coisas para pegá-las, mirá-las e ( é seu costume ou sua mania, que se há de fazer) pô-las na boca. Quem não o conhecer dirá que é péssimo costume, porém duvido que mantenha este juízo diante de Pedro, de seu sorriso sem malícia e de suas pupilas azuis – porque me esquecia dizer que tem olhos azuis, cor que afasta qualquer suspeita apressada, sobre a razão íntima de seus atos.
Poderia acusá-lo de incontinência, porque não sabia distinguir entre os cômodos, e o que lhe ocorria fazer, fazia em qualquer parte? Zangar-me com ele porque destruiu a lâmpada do escritório? Não. Jamais me voltei para Pedro que não me sorrisse; tivesse eu um impulso de irritação, e me sentiria desarmado com a sua azul maneira de olhar-me. Eu sabia que essas coisas eram indiferentes à nossa amizade – e, até, que a nossa amizade lhes conferia caráter necessário, de prova; ou gratuito, de poesia e jogo.
Viajou meu amigo Pedro. Fico refletindo na falta que faz um amigo de um ano de idade a seu companheiro já vivido e puído. De repente o aeroporto ficou vazio.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Aventuras no Paraná

Olá pessoas! Saudades de vocês. Tudo bem? Aqui está tudo indo, já estou quase pegando o ritmo da cidade. Ontem, entretanto, quase morri atropelado. Acontece que tem uma rua aqui perto que tem mão inglesa, ou seja, os carros usam no sentido inverso do normal no Brasil. E logo nessa rua eu andava bem desatento quando quase sou atropelado por um taxi. Se ele não parasse, tinha me atropelado. Eu fui atravessar a tal rua e olhei para os lados que olhamos normalmente, e não no sentido inglês. Foi bem engraçado, e agora eu sempre cuido ao atravessar aquela rua. Por via das dúvidas, olho para os dois lados.
Abaixo, uma foto da rua citada.
Rua Conselheiro Laurindo, com mão inglesa, no centro de Curitiba

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Comparativo Gol x Webjet

Como todos sabem, cheguei no sábado a Curitiba. Vou, portanto, aproveitar a situação para fazer um comparativo entre duas companhias aéreas do Brasil.
A primeira é a Gol. Segunda maior empresa do setor no país, possui 41% de participação no mercado, 119 aeronaves e opera 67 destinos diferentes. Em 2009, lucrou R$ 890 milhões.
A segunda é a Webjet. Terceira maior companhia aérea brasileira, detém 6% do mercado doméstico nacional. Possui 20 aeronaves e opera para 10 diferentes destinos. Pelo que li na internet, a Webjet nunca obteve lucro desde a sua criação, em 2005. Vamos à análise!

- PRÉ-VOO: CHECK-IN
Gol
Sempre que voei pela Gol, nunca tive problemas com o check-in ou extravio de bagagens. Aliás, raramente enfrentei filas, sendo um voo de São Paulo para Porto Alegre a única exceção, onde fiquei cerca de 30 minutos esperando o atendimento.
NOTA: 8 

Webjet
Para minha surpresa, às 9h30 da manhã, o balcão da empresa já estava lotado. Era o único em que a fila ultrapassava os limites daquelas faixas que têm nos aeroportos. O dia começou bem!
NOTA: 6

- EMBARQUE / DECOLAGEM
Gol
Muita gente reclama dos atrasos nos voos da Gol, entretanto também nunca tive problemas em relação a isso. Apenas uma vez, na ida de Porto Alegre para São Paulo, fui obrigado a trocar de um voo às 7h da manhã para um próximo ao meio-dia, mas isso foi culpa da Cherlise. Nunca peguei mais de 30 minutos de atrasos no embarque / decolagem.
NOTA: 9

Webjet
A previsão inicial do voo era às 10h30. Pois bem, eram 10h25 ainda não tínhamos autorização para ingressar na sala de embarque. O voo acabou sendo confirmado para às 10h55, entretanto decolamos às 11h40, 1h10 após a previsão inicial! Pelo que me consta, o aeroporto de Curitiba ficou fechado por 6 horas durante a manhã de sábado em função da neblina, mas a empresa não nos repassou essa informação, portanto me parece descaso com os viajantes.
NOTA: 4

- O VOO
Gol
As aeronaves da Gol são modernas, utilizam Boeings 737 e, segundo a tripulação, é a frota mais moderna do Brasil. Independente disso, voos domésticos são sempre desconfortáveis. Durante a viagem em si, já ganhei de tudo: sanduíche, bolo inglês, hot cracker, bala 7 belo e por aí vai. Na área das bebidas, a Gol oferece refrigerante - Pepsi (obrigado Antonio!) e Guaraná (ambos com opção de refrigerante light) -, suco e água mineral. O serviço de bordo é bom, na medida do possível.
NOTA: 7

Webjet
Tal como a Gol, a Webjet também utiliza aeronaves modelo Boeing 737. Essas aeronaves, entretanto, são visivelmente mais velhas que as da Gol. Segundo a Wikipedia, a idade média da frota da Webjet é de 17 anos. Daqui a pouco nem paga mais IPVA (tá, piada tosca). Além disso, não sei se é em função da cor dos assentos da empresa - um verde bem feio - ou se é fato, mas a aeronave da Webjet me pareceu bem mais apertada que na Gol. Além disso, eles não ofereceram nada para comer durante o voo, apenas bebidas (e ainda assim nem tinha suco). Mais um ponto negativo para a Webjet.
NOTA: 4

- A CHEGADA NO DESTINO
Gol e Webjet
Com nenhuma das empresas tive quaisquer problemas no destino, o voo nunca demorou mais que o previsto e também nunca tive bagagens extraviadas, portanto nem precisei dos serviços delas para localizar minhas malas.
NOTA: 10

- TOTAL
Gol - 34
Webjet - 24

Como vimos acima, a Webjet não é uma boa companhia aérea para viajar. Entretanto é a empresa que geralmente oferece os preços mais baixos, então uma hora ou outra estaremos presos em suas garras. A dica que fica, portanto, é: podendo evitá-la, evite. Você não irá se arrepender.

domingo, 8 de agosto de 2010

Primeiras impressões de Curitiba

Cheguei bem em Curitiba. O voo atrasou um pouco (estava previsto para às 10h30, confirmou para 10h55 e decolamos às 11h40), mas foi por culpa, creio, do fato do aeroporto de Curitiba ter ficado fechado por 6 horas em função da neblina forte que pairava por aqui. O dono do pensionato me buscou no aeroporto e me trouxe até aqui. O trajeto todo não durou mais que 30 minutos. Até agora, as impressões da cidade não poderiam ser melhores.


Rua Mariano Torres
De ChristianZando

A foto acima é da rua Mariano Torres, bem perto de onde eu estou morando. Tudo bem que a foto foi tirada em um sábado a tarde, mas é bom notar como a rua está limpa. E tudo aqui na volta é mais ou menos assim, e olha que eu moro bem no centro da cidade. Próximo daqui há o Shopping Muiller, um dos maiores da cidade, um Mercadorama 24 horas, o Teatro Guaíra, o prédio histórico e a reitoria da UFPR e inúmeras outras facilidades. Estou bem próximo a todas as coisas. O único ponto negativo até agora é o calor infernal que está fazendo aqui. Hoje mesmo passei por um relógio com temperatura que marcava 23º. Nem parece inverno.
No geral é isso. Não deixe de visitar o ChristianZando!

sábado, 7 de agosto de 2010

Último post do Rio Grande do Sul

Boa noite, pessoas. Nesse momento estou saindo do Rio Grande em direção a Curitiba, no Paraná. Estou, junto com meu pai, madrasta e irmãos, indo para Porto Alegre, de onde meu voo parte às 10h30 para a capital paranaense. Devo chegar lá antes do meio-dia. O Rodrigo, um colega meu de longa data, estará me esperando no aeroporto. De lá, partimos rumo ao "Novo Lar" (não é piadinha, é o nome do pensionato. Rá!). Sinceramente não sei o que esperar dessa nova etapa da minha vida. Não faço ideia de como vou me virar lá, nem de como serei recebido, nem de como as coisas vão acontecer. O que sei, entretanto, é que terá algo de positivo nisso tudo. Precisa ter. Estou deixando muitas coisas aqui: família, amigos, faculdade, segurança. Eu espero que tudo faça sentido. Aproveitando, já que falei dos amigos, não tenho palavras para agradecer e nem teria como retribuir o tamanho carinho que estou recebendo nesse momento. Vocês são imprescindíveis para a minha felicidade.
Sem mais delongas, deixo meu abraço. Nos vemos em algumas horas, em Curitiba. Até!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A inclusão do inglês no cotidiano

Muita gente questiona o motivo de eu querer ir para os Estados Unidos aperfeiçoar o inglês e não ir para a França melhorar o francês, visto que é a área onde eu atuo - ou atuarei, como queiram - profissionalmente. De fato, pensei muito nisso quando fiz a inscrição para o FREE. Entretanto é visível o quanto o inglês vence na questão de relevância (e não de importância) em nosso cotidiano. Olhem a foto abaixo e vejam o que eu estou tentando dizer:

Clique para ampliar
De ChristianZando

Primeiramente peço para desconsiderarem a qualidade da foto, pois ela foi tirada discretamente com meu celular. Hoje a tarde estive em um consultório que trata de doenças auditivas - o meu segundo pai é surdo do ouvido esquerdo, e deixarei isso para outro post (tanto o "segundo pai" quanto a surdês) - no centro do Rio Grande. Ao ampliar a foto, vemos escrito o nome do consultório, Amplivox, e logo abaixo vem a frase "hearing solutions", que seria algo como "soluções auditivas", em tradução livre. Isso é só um exemplo entre inúmeros possíveis. Repararam que a tele-entrega está dando lugar ao delivery? Recentemente fiz um trabalho de renovação de identidade visual para um restaurante de comida oriental que se chama Otomodashi Delivery. Até no nome a expressão já está presente. Você já reparou que quando precisa reclamar de algum serviço, você liga para um call center? Sem contar que provavelmente você está me lendo de um PC, sigla para personal computer. Reparou? O inglês está muito presente em nosso dia-a-dia, e esse foi um dos fatores que me fez desejar melhorá-lo.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Curitiba aqui vou eu

Queridos, é isso. Minha passagem para Curitiba já está emitida: meu voo é sábado, dia 07, às 10h30. Hoje farei o depósito para a pensão onde eu vou morar pelos próximos 4 meses. Tem gente que acredita em destino ou coincidência, mas eu não. O tal pensionato fica muito perto da minha igreja em Curitiba, menos de 2 km. Se isso não é Deus agindo em meu favor, eu não sei o que seria.
Consegui, finalmente, abrir a conta no Santander. Como a bolsa é deles, eu deveria abrir uma conta lá para recebê-la. Tudo bem, nada mais justo. HAHA.
É isso, pessoas queridas. Devo ficar ausente mais essa semana porque estou bem atrapalhado em função de tudo que devo providenciar para a viagem. Se cuidem e eu mando mensagens quando chegar no Paraná.

sábado, 24 de julho de 2010

Happy hour com a galera FREE

Olááááá pessoal! Tudo bem com vocês? Eu estou ótimo, obrigado por perguntar. Atualmente estou em função da bolsa, cheio de problemas para resolver, porém isso é o de menos. Ontem aconteceu o primeiro happy hour com o pessoal que fará o FREE da Egali Pelotas. Finalmente conhecemos uns aos outros. Estavam presentes o Marcel, a Helena, o Lucas, o Rafael, a Daiana, eu, o André e o Wilson (que não estão na foto), além da Mariana e do Richard, da Egali. Haviam também dois acompanhantes, pessoas que não estão matriculadas mas que pensam sobre isso: o Eduardo e uma menina que o André levou, que infelizmente eu esqueci o nome. Ela fez high school (ensino médio) no Texas e comentou um pouco da experiência. Foi legal. Conversamos sobre tudo, nos apresentamos (a Helena e eu, com 20 anos, somos os mais novos do grupo) e falamos dos nossos planos nos EUA. O tema que ficou em foco por mais tempo foi a questão do inglês. Acho que isso é uma preocupação geral. Infelizmente muita gente não apareceu. Éramos 8 dos 22 que irão de Pelotas. Todo mundo gente boa e todos bem animados para ir aos EUA. Pelo jeito, vamos nos divertir pra caramba. Abaixo, uma fotinho do pessoal.


Pessoal do FREE, em Pelotas
De ChristianZando


E o tempo tá passando. Agora faltam cerca de 3 meses para o início do embarque. Ansiedade está forte, mas vou suportar. Abraços!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Bolsa aceita

Saudações a todos. Acredito que o título dessa postagem já revela o teor da mesma: aceitei a bolsa para estudar na UFPR. Há 5 dias eu nem lembrava que havia me inscrito para essa bolsa e hoje já estou nos preparativos para a mudança. Ao todo, ficarei cerca de 4 meses em Curitiba (PR). O embarque já está definido, será no dia 07 de agosto, aniversário dos meus queridos amigos Luan e Marcel. É uma pena que não poderei participar de nenhuma das festas. Pretendo voltar ao Rio Grande do Sul antes de viajar aos EUA, em torno do dia 20 de novembro, se tudo der certo. Agora estou correndo atrás de um lugar para ficar. Confesso que estou um pouco ansioso, também, pois Curitiba é uma cidade que eu não conheço, nunca estive lá antes. Meus amigos - e merecem destaque aqui a Carine, a Cherlise, a Faby, o Giliard, a Rita, e a Tina (ordem alfabética) - têm me ajudado bastante. Até brinquei falando que irei embora mais vezes, porque estou me sentindo tri amado. No geral é isso. Meu pai ficou de me levar ao aeroporto, em Porto Alegre, então eu tenho uma preocupação a menos. É isso. Se algum curitibano acessa o blog e tem uma dica de um local pra eu ficar, aceitamos sugestões. Abaixo, uma foto LINDA da UFPR que eu achei na Wikipedia:


Prédio da UFPR
De ChristianZando

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Universidade Federal do Paraná

Salve galera! Saudades de vocês, hein? Pois é, tenho notícias. Eu fui selecionado no programa Andifes, através do Santander. Tá, Christian, e daí? você deve estar pensando. O fato é que, selecionado por esse programa, eu passarei o segundo semestre desse ano estudando na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba (universidade que eu escolhi na inscrição). Entretanto isso pode gerar alguns problemas em relação ao intercâmbio, visto que terei que fazer tudo a partir de Curitiba. Além disso, temos um problema com calendário. Marcel e eu pretendemos viajar depois do dia 25/11, porém as aulas na UFPR terminam apenas no dia 04/12, data esta onde pensamos já estar nos EUA, ganhando doletas ($$). Sem contar que eu teria que arrumar um jeito de voltar a Porto Alegre no dia 05 de outubro, data da feira presencial (tem em Curitiba, também, porém eu quero participar da gaúcha!). Me dei um prazo de até segunda-feira para me decidir sobre o que fazer da minha vida, mas que essa é uma oportunidade ímpar e que eu não posso desconsiderar, isso é fato. Amanhã irei à FURG para conversar com o pessoal e ver o que me é indicado. Orem por mim!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Orgulho em ser brasileiro

Nem só em épocas de Copa do Mundo devemos sentir orgulho de sermos brasileiros. Esse é um país incrível, e temos de fato muita sorte em carregá-lo no sangue. Por mais que eu esteja saindo do Brasil (e, sim, é bem rapidinho. Eu voltarei muhahaha!), não carrego aquele sentimento de "meu país não presta e estou indo para o primeiro mundo". Pelo contrário. Garanto a vocês que os gringos só ouvirão elogios ao Brasil, afinal roupa suja se lava em casa, né? Segue uma listinha interessante de itens que podemos nos orgulhar do nosso país.

- O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial;

-  O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma;

- O Brasil tem o mais moderno sistema eleitoral do mundo, 100% informatizado. Os resultados são disponibilizados algumas horas após o fim da votação;

- Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina;

- No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma;

- 97% das crianças entre 7 e 14 anos estão na escola;


- O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês. Na telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas;

- Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina;


- O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos;

- No Brasil são lançados, a cada ano, 50 mil novos livros. Esse número é maior do que em muitos países desenvolvidos, como a Itália, por exemplo;

- O sistema bancário mais moderno do mundo é o brasileiro;

- O Brasil, com 125 milhões de eleitores, é a quarta maior democracia do mundo, atrás da Índia (670 milhões), EUA (300 milhões) e Indonésia (155 milhões).

Sem dúvida eu poderia enumerar mais dezenas de motivos para nos orgulhar, mas esses são alguns que eu recebi por e-mail da Dona Elva (mãe, te amo, um beijo!) e quis compartilhar com vocês. BRASIL!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Reportagem sobre o parque nacional de Yellowstone

"Nesta sexta-feira (25), o Globo Repórter mostra as incríveis transformações da natureza e da vida selvagem durante as quatro estações no Parque Nacional de Yellowstone."
Gente, está aí uma reportagem que eu recomendo que vocês assistam, por toda a beleza que o lugar - o parque nacional mais antigo do mundo - tem para nos mostrar. Sim, o Yellowstone é gigantesco. Ele ocupa mais de 8 mil km² nos estados do Wyoming (principalmente), Montana e Idaho. Para vocês terem ideia, segundo a Wikipedia, a divisa entre as bacias dos oceanos Atlantico e Pacífico passam pelo parque (ou quase isso, eu não entendi direito a informação)! É simplesmente incrível.


Divisa entre as bacias do Atlântico e do Pacífico
De ChristianZando


Assistam mesmo, o parque parece ser lindo. A dica foi do Marcel, que tremeu a minha janela no MSN até eu acordar pra ver o que estava causando tanto barulho. Pensei estar em 2012, mas era apenas ele eufórico pela aparição do parque na televisão. Abaixo, o video da chamada:

Vale a pena assistir. O parque é lindo nas quatro estações do ano. =D

terça-feira, 22 de junho de 2010

Começaram os ajustes

Olá pessoal! O tempo está voando. Faltam menos de 5 meses para o embarque. Sabe o que isso implica? Cerca de uns dois meses até a feira de empregos em Porto Alegre. Lendo parece muito, mas quando a gente se dá conta de tudo que já ficou para trás, povo, é uma sensação ímpar. Ontem o Marcel e eu conversamos quase uma hora no celular - sim, nossas ligações nunca baixam disso. Que Deus abençõe o Infinity! - e já começamos a planejar uns pequenos detalhes da nossa viagem. Ah, para quem não sabe, nós viajaremos juntos, em dupla. Isso é legal porque é super importante você ter alguém para dividir suas angústias, ansiedades e principalmente suas alegrias, sem contar que o Marcel é nota mil, um cara muito gente boa mesmo. Tenho certeza que nos daremos muito bem na terra do Tio Sam. Enfim, ontem nós analisamos a situação do dólar. Precisamos levar algum dinheiro para nos manter nos EUA até recebermos o primeiro pagamento (que, via de regra, é feito a cada duas semanas). A Egali recomenda que cada um leve, no mínimo, US$ 800,00. Ontem ele ligou para uma casa de câmbio e explicaram que o dólar que nós, pessoas comuns, compramos não é aquele que aparece na TV, o comercial (que ontem fechou em R$ 1,77). O que a gente compra é o dólar turismo, que estava cotado a algo próximo a R$ 1,90! Ou seja, a R$ 1,70 gastaríamos R$ 1.360,00. Se for a R$ 1,90, gastaremos R$ 1.520,00. São R$ 160,00 de diferença. O problema são as eleições. A tendência do dólar é se manter estável, porém, quando caso o Serra vença a disputa, é possível que o dólar suba bastante. Ou seja, estamos em um dilema: comprar agora ou esperar para ver?
Estamos, também, estudando a possibilidade de comprar um carro assim que chegarmos aos EUA. Quem tiver o mesmo interesse pode pesquisar por este site. Lá você pode filtrar por marca, modelo, estado e etc. É bem legal, vale a dica.
Sábado eu vou na Egali junto com o Marcel. Temos alguns assuntos a tratar, começar a organização das coisas de fato. Certamente receberemos alguma orientação da Mari, que é super gente boa.
Agora resta aguardar, né? Segurar a ansiedade está cada vez mais difícil, e eu já me imagino entrando no avião rumo aos EUA. Está sendo, sem sombra de dúvidas, uma experiência maravilhosa.

domingo, 20 de junho de 2010

Palavras sem tradução

Conversando agora há pouco com o meu irmão, começamos a falar sobre as palavras/expressões que não conseguíamos traduzir para outra língua. E tudo isso começou porque ele achou ruim usar "baby" como um apelido carinhoso, dizendo que não poderia ser nada além de bebê. De fato, a possibilidade que a língua nos dá é incrível e, quanto mais línguas sabemos, mais nós vemos que de fato a comunicação é extremamente limitada diante da infinidade de sentimentos que gostaríamos de expressar.
Por causa disso eu achei uma listinha (velha, é verdade, mas que é bem curiosa) com as 10 palavras mais difíceis para traduzir em todos os idiomas. A pesquisa foi feita em 2004 pela empresa Today Translation e vários linguístas de centenas de países foram ouvidos. Vamos à lista: 

10º | Klloshar (Idioma: Albanês). Perdedor.
 Como assim perdedor é difícil de traduzir? Temos loser em inglês, pendant em francês. Mas, tudo bem, dizem que louco a gente não contraria. 


9º | Pochemuchka (Idioma: Russo). É a pessoa que formula muitas perguntas.
É, essa é complicadinha. Seria algo como "burro do Shrek", sabe?

8º | Selathirupavar (Idioma: Tamil). Certo tipo de absentismo escolar.
Absentismo: Situação daquele que está ausente do local ou da função onde devia estar ou que devia exercer. Valeu, ficou tudo mais fácil agora...

| Saudade (Idioma: Português). Refere-se ao verdadeiro estado de nostalgia. 
Difícil? Poxa, saudade nada mais é do que sentir saudades. É simples!

6º | Gezellig (Idioma: Holandês). O significado deste peculiar adjetivo pode siginificar vários termos termos, como acolhedor, íntimo e agradável. 
Em bom português: cama.

5º | Altahmam (Idioma: Árabe). Designa um tipo de tristeza profunda.  
E quem disse que os sheiks não têm depressão?

4º | Naa (Idioma: Japonês). Utiliza-se só na zona de Kansai para "enfatizar as afirmações ou expressar que se está de acordo com alguém".  
É algo como "hmmm, tá bom".

3º | Radioukacz (Idioma: Polonês). Palavra que se utiliza para se referir à "pessoa que trabalhou com telegrafia para os movimentos de resistência no lado soviético da cortina de ferro". 
Ah, é tipo os pracinhas da 2ª guerra, não? 

2º | Shlimazl (Idioma: Iídich). "o que tem uma má sorte crônica" 
Ora, pra que você quer chamar alguém de "azarado"? Usa "slimazl", é muito mais simples e prático (seja lá qual for a pronúncia disso...).
  
1º | Ilunga  (Idioma: Tshiluba ou Luba-kasai, falado no sudeste da República Democrática de Congo). Significa "a pessoa capaz de perdoar um abuso ou ofensa pela primeira vez, de tolerá-lo uma segunda vez, mas nunca uma terceira".
Tá, agora me pegou. O que faz alguém aceitar uma ofensa nas duas primeiras vezes e chutar o pau da barraca na terceira? Xinga logo de cara, amigo!

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Comentários meus 
 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Documentos

Noooooite! Meu passaporte estava com a Egali desde o ano passado (para os preparativos do programa anterior eles já ficavam com tudo desde o início) e desde o ano passado, por consequência, a minha mãe me incomodava por ter deixado isso com eles. É um documento importante, dizia ela. Então, hoje, para resolver esses problemas, enviei um e-mail para o Operacional pedindo meu passaporte e minha PID (Permissão Internacional para Dirigir) de volta. O pessoal de lá foi super atencioso e agora, ao chegar em casa, já li um e-mail informando que os documentos já estão no malote que chegará a Pelotas na semana que vem. Rápidos e eficientes como a Egali sempre foi. Gostei.
Ah, gostaria de registrar aqui o expressivo crescimento do blog em apenas um dia. O aumento no número das visitas foi de 1.100% segundo o Google Analytics. Claro que pra quem não tem nada, qualquer coisa já é muito, né? Chutem nos comentários o número de visitas de ontem. Se alguém acertar ganha um prêmio...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Teste de inglês

Boa tarde! Hoje eu vou falar um pouco sobre o Egali Test. Pera aê, Christian, no outro post tu criticaste o uso de expressões em inglês e agora estás usando uma? É, você tem razão em pensar assim. Acontece que esse é o nome que a própria Egali dá para o teste, ou seja, não é minha culpa. De qualquer forma, falemos sobre o teste de inglês necessário para poder participar do FREE. Mais uma vez ressalto que as informações são baseadas em experiências pessoais, ou seja, foi o que aconteceu comigo e pode não ser regra geral, e também são relacionadas exclusivamente ao processo da Egali. Outras agências podem - e provavelmente têm - processos um pouco diferentes. O teste da Egali é bem simples, consiste em uma parte de escuta e outra de compreensão textual e escrita. O nível mínimo de inglês para participar do programa é pré-intermediário. Ao todo, o teste nivela por quatro níveis: pré-intermediário, intermediário, pré-avançado e avançado. Pelo que lembro, são 55 questões, sendo as 30 primeiras de escuta e as outras de leitura/escrita (não estou certo). Cada questão tem pesos diferentes e, de acordo com a tua pontuação, tu és classificado em determinado nível (dãã, Christian, isso é lógico!). Eu não sei qual a pontuação necessária para ficar nos dois primeiros níveis, mas para ficar no pré-avançado tu tens que ter feito entre 75 e 85 pontos e no nível avançado entre 85,1 e 100 pontos. Outra coisa óbvia mas que preciso citar: quanto mais alto o nível de inglês, melhores são as chances de conseguir um bom emprego nos EUA. Tem outra coisa importante: cada empregador exige um determinado nível no idioma. Aqueles que exigem níveis mais altos geralmente pagam melhor. Eu fui classificado no pré-avançado e a vaga que estou querendo exige justamente esse nível. Se tudo der certo passarei bastante frio nos Estados Unidos. HAHAHA
Então é isso, pra galerinha FREE que ainda não fez o teste eu tenho uma dica: se acalmem. O teste é bem tranquilo mesmo. Não se prendam à gramática porque ela nem é exigida. O que se pede é o conhecimento da língua de uma forma mais ampla. Para aqueles que têm um nível um pouco mais alto e acham que o teste não faz muita diferença, se esforcem para pegar avançado e curtam muito o país. Por mais que tenhamos estudado bastante aqui no Brasil, só teremos contato com o inglês de fato quando estivermos fora. E aí, meu amigo, não há pontuação que te coloque acima ou abaixo de alguém. E boa sorte nas mímicas...

terça-feira, 15 de junho de 2010

E essa história do inglês, hein?

Boa noite! Começo o post extremamente irritado. Perambulava eu por alguns blogs de intercambistas agora há pouco quando me dei conta de um fenômeno que acontece em praticamente todos eles: a inglenização. Eu não sei o que esse povo tem na cabeça, mas isso me estressa profundamente. Por que diabos as pessoas, quando fazem um blog sobre intercâmbio, têm mania de começar a usar determinadas palavras em inglês? Ou, pior, algumas vezes colocam textos inteiiiiros em inglês no blog. Lógico que de vez em quando dá preguiça de traduzir tudo o que nós vemos pela internet. Acontece, meu filho, que tu estás escrevendo EM PORTUGUÊS, para leitores de língua portuguesa. Hoje em dia todo mundo fala inglês, isso é básico, mas ainda assim você imagina a Globo colocando alguma notícia no ar em outro idioma? É exatamente a mesma coisa. Tá fora do Brasil há tempos e não sabe como dizer determinada palavra? Google pra você, queridão. Tá no Brasil e acha que é grande coisa por falar um pouquinho de inglês? Acorda, meu filho. Inglês é o idioma mais "povão" que existe. Atualmente 25 milhões de brasileiros estudam inglês. Isso é mais do que a população da Austrália, por exemplo. Portanto, volta à Terra e te liga que qualquer pessoa que queira pode falar inglês e que tu não és mais do que ninguém por fazê-lo e que, ao colocar expressõezinhas em inglês no teu blog, não te tornarás melhor do que ninguém. Fica a dica. Todos nós queremos viajar e conhecer outras culturas, isso é fato. Mas aprendamos antes a valorizar a mais fantástica cultura e a mais bela língua que temos: a nossa.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Primeira experiência fora do Brasil

Olá povos. Hoje vou contar um pouquinho de como foi a minha primeira - e, até agora, única - experiência fora do Brasil. Em novembro do ano passado eu estava de aniversário (como todos os anos, lógicamente) e a minha mãe tinha um compromisso profissional em Buenos Aires (Argentina) que pegava, justamente, o meu diazinho. Qual a solução encontrada? Chris, vais para a Argentina comigo, disse a D. Elva (mamãe =D). Saímos de Porto Alegre a noite, perto das 21h, num voo cheio de turbulências e com um sanduíche muito ruim. O tempo de viagem é de pouco mais de uma hora e, como na Argentina não tem horário de verão, chegamos lá às 21h também. Nós estávamos hospedados em um hotel perto da Av. 9 de julho, no coração de Buenos Aires. Precisávamos, óbviamente, chegar até o hotel. O aeroporto da cidade fica a uns 40 km do centro (é tipo a distância de São Paulo até o aeroporto de Guarulhos). Enfim, dentro do terminal haviam os táxis oficiais, registrados e que nos levariam para onde quiséssemos. O preço era de 98 pesos argentinos do aeroporto ao centro (cerca de R$ 45,00). Minha mãe, muito trambiqueira que é, preferiu pegar os táxis "alternativos" que ficam do lado de fora do terminal. Encontramos um senhor muito simpático que disse que por 90 pesos nos levaria até o nosso hotel. Porém, chegando ao carro dele, descobrimos que o pneu estava furado! Tudo bem, tudo bem, essas coisas acontecem. Ele nos encaminhou a um colega e enfim embarcamos em direção a nossa hospedagem. Conversamos um pouco no caminho. Ok, na verdade nós tentamos conversar. Minha mãe não fala nada em espanhol, eu até que me viro bem e o taxista... bem, o taxista não queria conversar e tinha um sotaque feio. Chegamos ao hotel e ele nos cobrou 110 pesos (repara: o táxi oficial era 98). Tudo bem, nós tínhamos trocado pesos ainda no Brasil e eram todos em notas de 100, logo, entregamos a ele 200 pesos. Nesse momento a criatura começou a conversar com a minha mãe e ela, sem entender nada, só concordava. Quando eu pedi o troco, o taxista me olha com 110 pesos EXATOS na mão e me diz que não tinha troco. Como assim não tinha troco? Não tínhamos notas trocadas, era IMPOSSÍVEL que tivéssemos dado a ele o valor certinho da corrida. Nisso começou uma discussão gigantesca dentro do carro. Minha mãe, sem o entender, falava rápido comigo em português. O motorista, irritado com a situação, me xingava em espanhol, dizendo que não queríamos pagá-lo. Deixei a minha mãe tentando resolver a situação e entrei no hotel, em busca dos seguranças. Segue o diálogo (traduzido, claro hahaha):
- Boa noite, eu tenho uma reserva aqui mas estou com um problema no táxi, você pode me ajudar?
- Boa noite, senhor. Me informe seu nome completo para que eu possa verificar a reserva.
- Christian Silva de Avila. Mas você poderia verificar isso depois? Minha mãe está sozinha com o taxista.
- Qual é o problema, sr. Avila?
- Nós pagamos o taxista, mas ele diz o contrário.
Nesse momento o recepcionista verifica a reserva e, só depois de constatar que eu de fato tinha feito a tal reserva, resolve me ajudar. Ele chamou o segurança e, quando estávamos saindo do hotel, entra minha mãe, a mala e uma nota de 100 pesos na mão.
- O que houve, mãe?
- Ah, eu disse que ia chamar a polícia. Ele me entregou o dinheiro e disse "se não queres me pagar não me paga". Peguei o dinheiro e vim embora!
Mãe com um táxi oficial
De ChristianZando

Excluindo-se esse pequeno problema, a cidade não é lá grandes coisas mas vale a pena a visita, principalmente para nós, brasileiros, que temos uma moeda valorizada frente ao peso argentino. As coisas lá são bem baratas, em especial os táxis (quando não temos nenhum problema com eles hahaha) e a alimentação. Com menos de 100 pesos (ou seja, menos de R$ 50,00) você almoça tranquilamente em Puerto Madera, a beira do Rio da Prata com a nata da sociedade argentina. Não é pouca coisa, meu bem!


Puerto Madera, um dos bairros mais nobres de Buenos Aires
De ChristianZando
Fora isso, o centro da cidade é bem velho e feio. O metrô - que lá é chamado de subte - é muito horrível. Alguns trens não tem janelas (é sério!) e em outros a abertura das portas é manual! Fora que, quando você está descendo para a estação, já começa a sentir aquele futum. Que gente fedorenta, meu Deus! 
Tirando todos os pequenos probleminhas já citados, tem bastante coisa boa pra ver, sim, como o Obelisco e a Casa Rosada.

Eu em frente à Casa Rosada
De ChristianZando

De onde surgiu essa ideia maluca?

Pois é, meus amigos. De onde eu tirei essa ideia de me mandar pros EUA de repente? Na verdade essa vontade não é tão repentina quanto parece. Começando do começo (e sendo redundante haha) eu nunca tive vontade de conhecer a terra do tio Sam, a exceção de New York. Por fazer letras - francês e pesquisar na área, minha vontade sempre foi conhecer o Canadá (tanto Toronto, pelo inglês, quanto Montreal, pelo francês). Infelizmente por questões de grana mesmo - nos meus cálculos, gastaria R$ 15 mil para ficar 3 meses no Canadá - tal viagem não foi possível. Como eu já tinha colocado na cabeça que queria sair do país (e quando eu "encasqueto" com uma ideia eu vou até o final) eu comecei a procurar por opções mais baratas para passar um tempo no exterior. Como futuro professor, irmão mais velho de 4 crianças e um cara extremamente versátil que sou (e modesto, lógicamente), me matriculei em um programa de au pair da Egali, que é a minha agência até hoje. Paguei tudo bonitinho, entreguei os documentos necessários, enfim, providenciei tudo o que deveria ser providenciado para começar a procurar famílias. Mas o coração apertou. Ficar um ano longe da faculdade, dos amigos, da família, enfim, largar de vez a vida aqui no Brasil não me pareceu uma ideia sensata. Foi aí que surgiu a vontade de participar do FREE - Férias Remuneradas para Estudantes nos EUA - que consiste justamente em ficar nos EUA durante as férias de verão da Universidade. Super legal, né? Nesse link vocês podem ter uma ideia de como o programa da Egali funciona. Outras agências possuem programas similares (é o caso do TRUE - Trabalho Remunerado para Universitários no Exterior - da World Study). Em suma é isso. O fato de ficar longe por um ano e, principalmente, não me formar com os meus colegas foi o que mais pesou para que eu trocasse o au pair pelo FREE. Entretanto, se a oportunidade de ficar um ano fosse na Europa eu não pensaria duas vezes. Entretanto isso AINDA não é possível. Quem sabe no futuro?

No princípio...

Fala galerinha! Finalmente começo o meu blog, o ChristianZando. Nesse espaço eu pretendo falar sobre a minha experiência de viagem (principalmente o meu pequeno intercâmbio para os EUA no final do ano) e também sobre futilidades, inutilidades e tudo o que me vier a cabeça. Espero ver todo mundo zanzando comigo por aí!